terça-feira, 23 de setembro de 2008

Jabor, o "Lacerdinha".


O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Arnaldo Jabour, encarnou, de vez, o Lacerda. Como foi, recentemente, romantizado no especial JK da Globo. O Carlos Lacerda, como foi rememorado na novela especial da emissora, foi o próprio cri-cri que ficou o tempo todo “na cola” do saco do JK antes, durante e depois de sua gestão como Presidente da República.

O cara era um porre. Alinhado com os americanos, depois de paradoxal e curta passagem por uma inevitável juventude comunista, (igualzinho ao que demonstra ser as vezes o Jabor) o Lacerda, igualmente jornalista, extrapolou o que se pode chamar de oposição.

Conspirou o tempo todo contra o governo JK que peitava os interesses norte-americanos e do Fundo Monetário Internacional.

Mais tarde, quando eleito governador do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, status que assumiu a antiga capital da Rebública para "acalmar" os cariocas revoltados com a mudança do Distrito Federal para o planalto central, Lacerda arrefeceu seus ímpetos golpistas e anti-democráticos, única forma de fazer um governo. Um bom governo.

Afora a truculência com os mendigos que eram assassinados e jogados no rio guandu e a desfavelização "na marra" feita no morro da catacumba para constituir a famigerada "Cidade de Deus" na zona oeste do Rio, seu governo atendeu os anseios da classe media e trouxe água, túneis e algumas escolas para os cariocas. Esse foi o Carlos Lacerda, ex-governador.

Cassado como o JK, no final, juntou-se ao mineiro que, num exemplo de estadista estendeu a mão, solidário com o rival, diante da escuridão da ditatura.

Mas voltando ao cineasta, agora jornalista da Globo, aquela emissora que sempre fez concessões extravagantes (fazer concessão com concessão pública deve ser fácil...), o jornalista Arnaldo Jabour, nesse sentido de liberdade para dizer o que quiser, repete Ibrahim Sued "jornalista" que consolidou a idéia da coluna social (que dizem, foi "inventada" pelo próprio Roberto Marinho. O Sued era seu testa de ferro para assuntos de tanta frescura...).

Quem tem mais de 50 anos deve lembrar das participações do Sued no horário nobre do Jornal Nacional. Ele era livre para falar o que quisesse. Tinha jargões (mais para bordões) famosos, como "cavalo não desce escada", por exemplo. Lembro-me de uma "pérola" dele que ficou famosa: - Uma vez, em pleno horario nobre, Sued "soltou", sem a menor cerimonia: "do Arroio ao Chuí" referindo-se ao extremo norte (Oiapoque) e extremo sul do país, (Arroio Chuí).


Ele tinha emprego cativo. Não importavam as bobagens ditas. Elas faziam parte da progração do horário nobre do JN.


Tudo parece-se muito com a "concessão" que a Globo faz agora ao Jabour: - "Fale o que quiser, Jabour! "Desça a ripa na chulipa, que nossa Consultoria Jurídica te garante..." E o Jabour não faz por menos. A língua que cospe fogo em todas as direções, parecendo uma metralhadora giratória, desgovernada...

Se o governo erra, ele "mete fogo". Se omite "cospe bala" se corrige, "lança-chama" nele e ainda cobra desculpas. Se desculpar, "granada nele". Nada o difere do Lacerda.

Mas quando coloquei no assunto "Jabour, o Lacerdinha", na verdade, não quis comparar ele ao ex-governador Carlos Lacerda. Tampouco com o Sued. Mas sim com o lacerdinha, um inseto alienígena, pretinho, medindo uns 2 milímetros aproximadamente, e que aparceu no Rio de Janeiro justo no governo do Carlos Lacerda. Daí seu nome.

Era um bichinho cri-cri prácaralho. Infestava árvores e quando alguém passava sob com uma camisa amarela, milhares de lacerdinhas, atraídos por cores como branca, amarela e verde, cobrinham a roupa da gente, exalando um cheiro horroroso. Era uma desgraça!

O carioca, espirituoso, não deixou por menos: - batizou o inseto de "lacerdinha".

Esse é o Jabour que eu vejo todo dia nos dois tele jornais da TV Globo. Um Inseto. O Cri-cri. Argumentos anti-nacionalistas que fedem! O Lacerdinha! O próprio.

Kkkkk!


***



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