sábado, 10 de dezembro de 2011

Movimento Social - Reivindicações para melhoria da MG-50

A população de Piumhi e QUEM for encampar as reinvidicações das melhorias na MG-050 têm a obrigação de, no mínimo, CONHECER os documentos reivindicatórios anteriores que foram iniciativa diga-se por sinal SOLITÁRIA do hoteleiro Caçulinha, do Hotel Caiçaras em Piumhi.

Caçulinha que era Chefe Escoteiro atuante na cidade, levantou com farta documentação, inúmeras irregularidades do contrato principalmente no que se refere à localização da praça de pedágio. Reuniu provas inclusive de que a distância contratual das praças de pedágio foram alteradas prejudicando inúmeros piumhienses que possuem sítios e fazendas próximas à cidade e que, agora, são OBRIGADOS a pagar para ir e vir.

Caçulinha detém cópia de toda a sua luta solo que iniciou com um protesto dele ao se acorrentar na passagem do pedágio como uma primeira medida de tentar levantar essa questão.

No entanto, além de não obter apoio da população, Caçulinha foi ridicularizado por alguns e, obviamente, bloqueado pela justiça por causa de a sua iniciativa não ter característica de movimento social já que foi o único a se posicionar contra o pedágio naquele local.

Por esse motivo, minha opinião é que, ANTES, o grupo que pretende fazer novas reinvidicações, tem o dever de conhecer o contrato da privatização na sua íntegra e também as contestações feitas pelo Caçulinha com a finalidade de melhor embasar as novas reivindicações.

Vi nascer a estrada MG-50. Na época, a frota de veículos do Brasil e do Estado de Minas e especialmente dessa região era muito pequena. O projeto da estrada foi míope e modesto ao não prever o desenvolvimento futuro da nossa frota e do próprio desenvolvimento tecnológico dos veículos no que diz respeito à velocidade, principalmente.

Naquela época os carros quando passavam dos 80Km por hora já estavam voando, na concepção de nossos ancestrais. A concepção da estrada do ponto de vista de engenharia, se baseou nas demandas de então e cometeram erros de traçado que, com o decorrer do tempo, foram responsáveis por milhares de mortes de parentes e amigos nossos, que, com certeza, os dedos de nossas mãos e dos nossos pés não são suficientes para nominá-los.

Ora, o que ocorreu no passado em termos de acidentes fatais provocados pelo atual traçado da MG-50 certamente se repetirá no futuro, ameaçando nossos parentes próximos, nossos amigos e a nós mesmos.

Mantido o atual traçado, as criminosas das várias curvas da MG50 que têm o traçado em que a inclinação do asfalto está invertida, favorecendo o arremeço do veículo para fora da estrada ou para colisões fatais contra os carros que trafegam no sentido contrário irão permanecer matando nossos entes próximos e os piumhienses e os demais conterrâneos das cidades por onde passa a MG50 continuarão em sua mórbida contagem dos mortos como se essa contagem fosse encerrar com as guaridabadas que a concessionária tem dado no asfalto ou no alargamento parcial dos pontos negros da estrada.

Eu entendo que se o PT está se mobilizando para fazer reivindicações, então deve fazer a coisa de forma completa e competente. Deve usar a força da mobilização social, única que poderá forçar as autoridades e a própria concessionária a atuar com objetividade e decência.

Uma idéia que cheguei a passar ao próprio Caçulinha seria promover o levantamento estatístico dos acidentes já ocorridos desde a inauguração da estrada ou desde a data que houver dados.

Esses dados estão nos bancos de dados da Polícia Civil, Militar, Bombeiros, Hospitais etc e será tarefa exaustiva levantá-los. Nos boletins de ocorrência certamente estarão todo o rastro da insegurança da estrada com informações importantes como as placas dos veículos que se acidentaram, os nomes dos que se acidentaram, dos que se feriram, dos que morreram nos locais e, se houver persistência, interesse e insistência dos pesquisadores poderão ainda obter informações sobre os acidentados que sobreviveram aos acidentes porém morreram em consequência deles dias, meses ou anos após.

Com esses dados, o movimento social através de experts em tecnologia da informação que certamente doarão parte de seu tempo no projeto por ser também de interesse deles, poderão fazer um site no qual toda a estrada MG50 poderá via o software Earth do Google PLOTAR nos exatos locais dos acidentes ou cruzes virtuais ou as próprias fotos das pessoas mortas DEMONSTRANDO os locais, as curvas e os erros de projeto da estrada o que será a base para uma reinvindicação monstro incontestável que poderá ser disseminada na mídia em nível nacional.

É essa a minha opinião sobre o assunto.

José Cláudio Bruno.

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