sexta-feira, 12 de setembro de 2008

REPORTAGENS, ESPIONAGENS, ARAPONGAGENS E A LIVRE-CONCORRENCIA

A democratização tecnológica alavancou de vez as possibilidades das bisbilhotagens de plantão.

Hardwares e softwares sofisticados permitem hoje que qualquer um espione qualquer um. As espionagens podem agora ser documentadas, legal ou ilegalmente, através de videos e audios registrar desde as ações da baba de seus filhos, passando pelas conversas telefonicas da telefonia fixa ou celular ate as conversas de ambiente, com ou sem transmissores de frequencia, de secretas conversas ao pe do ouvido de políticos, governantes, traficantes, policiais, militares, espioes, contra-espioes. Hoje em dia, todos podem ser espionados por todos!

Instalou-se uma guerra entre espiões com acusações recíprocas de arapongagens. Uma guerra suja em que nao se pode nem tomar partido pois o papo e' de sujos falando de mal lavados. Nesse meio, os que devem, apavorados naturalmente, invocam aspectos éticos que jamais poderiam nortear um serviço dessa natureza. Em resumo: - A palavra de ordem na CPI da arapongagem acaba sendo patetica: - "Olha ai, pessoa! Vamos arapongar, mas, com etica!"

Televisões e jornais neoliberais que impõem cotas de audiência a seus empregados induzindo esses a fazerem gravações não autorizadas para manchetes sensacionalistas: - com perigosas incursoes no mundo do crime expondo jornalistas ao perigo e 'a morte como ocorreu com o jornalista Tim Lopes ou nao menos camufladas entrevistas combinadas serem "in off " que se transformam em manchetes 'a revelia dos argumentos dos reporteres por decisao politica da linha do jornal, muitas vezes interessado em extrapolar sua funcao e se investir de "quarto poder" para atender interesses internacionais em abalar governos.

Ausências éticas em escutas não autorizadas pela justiça passaram a ser corriqueiras atraves de repórteres que adentram com cameras-botons nas entranhas da sociedade. Esses mesmos reporteres sao os mesmos que, depois, saem caindo matando em cima de autoridades que suspeitas de identico procedimento com finalidade politica.

Assisti pela TV a algumas sessões da CPI das escutas. As perguntas dos políticos, principalmente os oposicionistas, sabatinescas (nem sei se existe esse termo) e muitas vezes desprovidas de qualquer sentido contextual eram dirigidas de forma agressiva aos dirigentes da ABIN um orgao criado oficialmente justamente para suprir o pais de informacoes e contra-informacoes, admitindo-se, portanto, a espionagem e a contra-espionagem como em qualquer pais, procedimentos secretos que o Brasil nao poderia dispensar por motivos obvios.
O delirio de Senadores da Republica ao pleitearem a identificacao previa num account dos agentes usuarios de equipamentos praticamente soou aos meus ouvidos como a piada do Agente Secreto portugues que sempre ostentava um cracha' com os dizeres em destaque: - "Agente Secreto".

Senadores nervosos, cheios de "razao" voltam desgastadas verborragias giratorias (felizmente eles nao podem ter metralhadoras) tentando "prensar" especialistas no assunto, criminalizando a espionagem e desviando-se do merito que gerou toda a celeuma que e, um processo contra um banqueiro-colarinho branco com evidencias criminosas. Uma coisa patética. Uma afronta 'a inteligencia dos eleitores.

O cagaço que tem de serem tambem pegos em alguma falcatrua em geral levam os politicos a buscar em inócuas CPIs somente a discussao da parte periferica e processual deixando de lado o criminoso e o merito do crime cometido numa desesperada busca de freiar os inevitaveis esclarecimentos de escabrosos fatos que foram investigados, diga-se de passagem com o respaldo da justica e que a sociedade quer saber. As CPIs estao mais para "melar" e dissipar o merito do assunto.

Os legisladores reclamam das medidas provisórias do executivo, ou seja, da intervenção do executivo no que seria essencial função do legislativo, no entanto, eles mesmos, promovem intervenções incompetentes na especializacao e objeto do judiciário encenando frequentes simulacros de "julgamentos" que as CPIs "brindam" a populacao via TV.
Como se ve, nao e' somente o Executivo com suas medidas provisorias que acaba se metendo nas funcoes do legislativo. Tambem o judiciario exacerba sua funcao ao tentar legislar como ocorreu recentemente relativo 'a fidelidade partidaria.
Alias, esse papo de fidelidade realmente e' hipocrita. O FHC ao "vender" a ideia das privatizacoes das "Teles" usou como marketing o argumento do "livre-mercad0", da "livre-concorrencia". No entanto, ao fazer os contratos o governo de entao fez concessoes 'as operadoras que mataram a livre concorrencia entre elas a tal da fidelizacao. A fidelizacao torna o usuario refem da operadora ja' que, para sair de uma para a outra, antes do tempo de fidelizacao estipulado, o infeliz tem que pagar um resgate. Que merda de livre-concorrencia entao seria essa, caraio?


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