sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aposentado de 84 anos! Daqui a cinco anos completarei seu reajuste!...

O projeto mencionado pelo Senador Paulo Paim que vai "reparar" defasagem das aposentadorias, paulatinamente, num prazo de 5 anos é mais um absurdo e desrespeito aos aposentados. Principalmente para aqueles mais idosos.

O projeto é mais uma concepção ordinária de tecnocratas que usam a matemática para cometer desatinos com os mais velhos.

Programar uma reparação para os próximos 5 anos para gente aposentada, doente, com mais de 75 anos, ou seja, muito acima da expectativa de vida do brasileiro é trágico.

É uma proposta neoliberal que fere a inteligência do idoso tanto quanto o fazem banqueiros cretinos que determinam que seus call-centers façam marketing ativo direcionado para aposentados de 84 anos e até mais visando propor a eles investimentos em mirabolantes arapucas como programas de capitalização de médio e longo prazo.

Ora, para quê um idoso de 84 anos que, do ponto de vista estatístico, já está no "lucro" teria interesse de investir? Investir para quê? Para seu futuro? Que futuro? O futuro do aposentado de 84 anos é hoje!

Assim é o projeto em andamento que vem rebuscadamente assinado por senadores ilustres inclusive por alguns ditos socialistas. Total falta de sensibilidade!

Pegar as perdas de reajustes de aposentados e programar em doses homeopáticas os pagamentos; - 20% no primeiro ano, 20% no segundo ano, 20% no terceiro até o quinto ano futuro é como torturar o aposentado ancião, arrancando-lhes as unhas de cada dedo. Dos cinco dedos... Um dedo para cada ano...

Os senadores sabem que essa proposta, estatisticamente falando, é como dar pílulas de farinha a moribundo. Quantos aposentados de mais de 84 anos morrerão antes que se completem esses famigerados 5 anos? Eu apostaria de 80% deles.

Os senadores que concordaram com esse desatino, agem como os banqueiros que se negam a determinar IMEDIATAMENTE nos caixas eletrônicos um "time-out" (procedimento que aborta transações quando o cliente demora) mais demorado, proporcionalmente à idade dos aposentados, especialmente para aqueles que se aposentaram ANTES da era dos computadores.

Esssa pessoas, que deveriam ser bem tratadas, são no entanto humilhadas. De início, como todos os clientes, acabam diciplinadamente fazendo trabalho-escravo para os banqueiros já que não há nos contratos dos clientes com os bancos qualquer menção ao trabalho de digitação que é imposto ao cliente. Isso sem falar na contabilização bancária que também o cliente é que faz ao escolher nos vastos menus de opções aquela transação que pretenda realizar. Tudo por sua conta e risco e em benefício dos banqueiros que não têm mais que pagar empregados para digitar ou contabilizar...


Mas voltando para o aposentado ancião, ele, ao digitar ou tentar digitar transações nesse terminais, pela sua natural lentidão, inerente à idade, acaba sendo torturado pelo sistema desenvolvido por algum analista de sistemas nazista que, primeiro, lhe dá esporros(*) eletrônicos (aqueles apitinhos sem-vergonha que a máquina dá quando o cliente demora “muito” a digitar), e depois, aborta a transação pelo esgotamento do "prazo" que o infeliz dimensionou.

(*) Nota: - Antigamente, esses esporros eram dados pelos gerentes de produção nos digitadores, os quais trabalhavam sob o regime do chicote inspirado por uma teoria de administração denominada "teoria x".

O aborto da transação por demora na digitação é uma espécie de "punição" pela "incompetência de digitar" punição que, obviamente, está ungida pelos miseráveis diretores dos bancos, que, poderiam humanizar esse processo, pelo menos para aqueles idosos com mais de 68 anos os quais se aposentaram antes que pudessem serem incluídos digitalmente. Isso porque eles detém a informação das idades dos clientes e, portanto, poderiam determinar um tempo maior, mais humanizado, para aqueles com mais idade.

Será que os senadores acreditam mesmo que todos os velhos são idiotas, e que assinam em baixo tal deboche de senadores que com essa medida ainda permanecem ávidos dos votos dos aposentados?

Talvez seja por isso que, no fatídico 11 de setembro, quando as Torres Gêmeas desabaram, fiquei sabendo da estória de um velho aposentado que perambulava na rua e olhava para a TV de um magazine e se esperneava de rir.

O cara parecia ter orgasmos de tanto rir enquanto todos estavam atônitos com os atos terroristas e os desabamentos das torres.

No princípio pensei que o cara era maluco. Mas, depois que ele começou a gritar bem feito! Bem feito! Percebi que ele sabia o que realmente estava acontecendo e por seus comentários deveria ser um entendido de economia, de finanças e talvez um desiludido com com o capitalismo deformado.

O cara parecia estar imaginando analistas financeiros colegas talvez num dilema cruel. Ou sair do prédio ou terminar alguma especulação financeira no terminal da bolsa ou do mercado financeiro mesmo naquela situação de caos.

Passada aquela desgraça, o mundo financeiro, banqueiros, analistas financeiros, investidores americanos continuaram se comportando como os analistas financeiros imaginados pelo doido e que foram pulverizados.

Alucinados, gritaram sim pela invasão do Paquistão, gritaram sim pela invasão do Iraque, gritaram sim pela especulação financeira, gritaram sim pela especulação imobiliária, gritaram sim pela manutenção do bloqueio econômico a Cuba, gritaram sim pela manutenção de prisioneiros de guerra em Guantânamo, sem direito a defesa, sem julgamento e torturados por mariners inclusive de sexo feminino. Esse grito de sim foi representado pela reeleição de Bush quando os americanos assinaram embaixo todo o conjunto da obra do Presidente que agora deixa o mandato melancolicamente.

A resposta sociológica veio à cavalo este ano. Um desabamento maior que o do WTC. Atingindo o mundo inteiro. Com certeza, este conseqüência daquele.



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