A Cisco, em parceria com as Universidades de Oxford e de Oviedo, resolveu analisar 66 países para saber se suas infraestruturais são suficientes para cobrir a demanda de Internet por banda larga que deve acontecer nos próximos anos.
Os países foram analisados com base nas atuais velocidades de navegação e penetração de tecnologia - quantos usuários têm ou podem ter banda larga em casa ou no trabalho - além da qualidade dos serviços mais usados na Internet, como streaming de vídeos e compartilhamento de fotos.
Os países foram separados em quatro grupos diferentes: "prontos para o amanhã", "confortáveis para o hoje", "suficientes para o hoje" e "insuficientes para o hoje". Para se ter idéia, apenas nove países receberam a classificação máxima, como Coréia do Sul, Japão e Dinamarca. O Brasil ficou no último grupo, junto com China, México e outros 20 países.
O termo do economês chamado "demanda reprimida" foi que alavancou a orgia das privatizações no Brasil, já que, dizia-se na época, que devido à demanda reprimida, o brasileiro pagava compulsoriamente um ágio absurdo quando queria ter um telefone. Como a procura era extremamente maior que a oferta (eis a demanda reprimida), quando se queria ter um telefone naquela época, ou se seduzia o vizinho para ceder-lhe a linha telefônica ou se comprava dele ou de outro qualquer.
Como pela legislação então vigente, a linha telefônica, o aparelho e toda a parafernália da infraestrutura telefônica era de propriedade da companhia telefônica (isso desde as antigas concessionárias até a estatização que originou a Telebrás) então, o que se negociava na realidade ao ensejo da tal demanda reprimida era o "direito de uso da linha", uma coisa portanto intangível e cujo valor de mercado era apreciável, na casa dos mil a mil e quinhentos dólares e que era alvo de um frenético mercado paralelo, já que a companhia telefônica, ao transferir a linha telefônica de um para outro, não reconhecia nem permitia pagamentos feitos dentro de suas instalações. As "transações" tinham que ser feitas na rua.
No entanto, as empresas, ávidas de terem suas linhas telefônicas, agitavam esse mercado paralelo e contabilizavam essas aquisições exatamente como "bens intangíveis" em seus ativos imobilizados. Pelo menos, deveria ser assim numa contabilidade competente.
Concomitantente à essa situação terceiromundista do Brasil, a Telebrás tinha um programa de expansão do nosso sistema telefônico que era o próprio "Underwriting" de um capitalismo purista que se propunha na época ao Brasil, não o capitalismo selvagem, neoliberal que hoje temos em todo país e especialmente no nosso sistema de telecomunicações e que enseja os comentários mais revoltados que passarei a fazer mais na frente...
O Underwriting que me refiro tinha a denominação Plano de Expansão e consistia num contrato que o cidadão que queria ter seu telefone fazia com a Concesssionária da Telebrás de sua região para ter num prazo máximo de dois anos a sua linha telefônica. Como contrapartida, assumia pagar mensalmente um carnê que era a própria integralização da aquisição da cota de ações correspondente aos investimentos que a companhia telefônica teria que fazer para lhe entregar a sua linha telefônica.
O esquema era portanto simples. O próprio cidadão financiava a sua linha telefônica. Com o aporte de capital oriundo dos planos de expansões as companhias telefônicas adquiriam as centrais telefônicas públicas, as fiações necessárias e toda a engenharia da infraestrutura necessária para levar a linha até o endereço do interessado.
Instalada a linha, e quitado o carnê, a Companhia assumia a propriedade de tudo, da linha telefônica, do aparelho telefônico e da infraestrutura instalada e devolvia o dinheiro correspondente aos pagamentos dos carnês dos planos de expansões aos seus respectivos "parceiros" que viravam acionistas da concessionária já que essa devolução era feita em ações.
Um underwriting criativo e uma das poucas coisas criativas oriundas da ditadura militar e que poderia ter sido mantida por ser uma forma de democratização do capital das concessionárias telefônicas e sobretudo, uma espetacular forma (frustrada posteriormente) de educar o brasileiro no que diz respeito à boa forma de desenvolver o mercado de capitais.
Um underwriting criativo e uma das poucas coisas criativas oriundas da ditadura militar e que poderia ter sido mantida por ser uma forma de democratização do capital das concessionárias telefônicas e sobretudo, uma espetacular forma (frustrada posteriormente) de educar o brasileiro no que diz respeito à boa forma de desenvolver o mercado de capitais.
O que ocorreu, entretanto, é que a gestão do Departamento de Ações das Concessionárias Telefônicas e da própria Telebrás, "ficou devendo". Isso porque a Telebrás, a holding que deveria cuidar do planejamento estratégico dessas importantes ações educativas de massa, permitiu que fosse relegado a segundo plano o processo educativo de esclarecimento do quê estava acontecendo do ponto de vista de financiamento de capital para a própria expansão do sistema telefônico brasileiro.
Os dividendos oriundos do lucro das companhias telefônicas já em plena vigência dos planos de expansão, em vez de serem anunciados amplamente através de um marketing eficiente aos novos e numerosos acionistas pulverizados por toda a população brasileira eram creditados na fatura da conta telefônica e, portanto, passavam desapercebidos à população que em sua maioria ignorava e ainda ignora macro e micro economia e muito mais ainda o que se passa no mercado mobiliário.
Assim, o brasileiro nessa altura dos acontecimentos era acionista mas não sabia. Milhões de brasileiros tinham ações das respectivas concessionárias telefônicas (Telesp, Telerj, Telemig, Telpa etc) mas não sabia que as tinham. Recebiam os dividendos mas não sabia que os recebia, já que eles eram dissimuladamente (deliberadamente ou não) creditados em suas contas telefônicas.
Dessa forma, e com essa incompetência que poderia rapidamente ser contornada, a Telebrás e as concessionárias foram empurrando com a barriga durante todo o longo período de decadência da ditatura militar até que no Governo FHC seus asssessores, ávidos de entregar o ouro ao bandido, promoveram a orgia das privatizações e acabaram privatizando o que era, praticamente privativo, já que as ações das empresas de telecomunicações do Brasil estavam formalmente pulverizadas por todo o país, em nome de um povo bom, ingênuo e, infelizmente, ignorante no que diz respeito a macro-economia, micro-economia e especialmente, mercado de capitais!
Hoje recebi duas ligações da OI que, tecnicamente falando, caracterizam denominado "Marketing Ativo".
Marketing Ativo são ações de marketing que se originam, teoricamente, na empresa que quer "agredir" o mercado, ou seja, fustigar o cliente ou mesmo o cliente do concorrente em busca de uma demanda existente ou não, reprimida, ou não, não importa, enfim, buscar novos negócios até à revelia do consentimento do consumidor. É a própria "forçação de barra" do vendedor ao consumidor incauto.
O oposto é denominado "Marketing Passivo".
Nessa situação é o consumidor e não a empresa fornecedora de serviços que toma a indiciativa e busca um serviço ou produto. É ungido pela própria demanda. Saudável. Que pode ser reprimida caso os fornecedores não estejam à altura dela. Como permanece sendo em alguns setores das telecomunicações, como, por exemplo, velocidade na internet.
Quem é que tem 2 Gigas de velocidade no interior do Brasil?
Quem tem 3G no interiorzão?
Esse pessoal quer, mas não tem quem ofereça. E se por acaso alguma cidadezinha tem, a velocidade "capira" nunca será igual à da Avenida Paulista.
Podem ter certeza...
Nessa situação é o consumidor e não a empresa fornecedora de serviços que toma a indiciativa e busca um serviço ou produto. É ungido pela própria demanda. Saudável. Que pode ser reprimida caso os fornecedores não estejam à altura dela. Como permanece sendo em alguns setores das telecomunicações, como, por exemplo, velocidade na internet.
Quem é que tem 2 Gigas de velocidade no interior do Brasil?
Quem tem 3G no interiorzão?
Esse pessoal quer, mas não tem quem ofereça. E se por acaso alguma cidadezinha tem, a velocidade "capira" nunca será igual à da Avenida Paulista.
Podem ter certeza...
O Marketing Passivo é, pois, a situação que deveria ser a única a existir. Pelo menos, a única a ser permitida pela agência reguladora do setor, no caso a ANATEL. Isso, porque, o Marketing Passivo é seguro, já que é você, o cliente, que liga para a operadora e, portanto, sabe de antemão o que quer e quem será o fornecedor do serviço desejado (ou quem o deixará na mão no caso de demanda reprimida...).
Já o Marketing Ativo, é totalmente inseguro, já que você recebe uma ligação cuja origem pode ou não ser verdadeira. Além disso, mesmo sendo de origem segura, de uma operadora de telefonia, esse tipo de Marketing, nada mais é do que o famoso e antigo "bate-chaveco" expressão usado no restrito mundo de vendedores espertos, do nipe dos que vendem até geladeira para habitantes do polo norte que usavam esse tipo de recurso para despertar demandas e vender seus produtos.
O batedor de chaveco sempre atuou no mercado, entendendo-se como mercado, nós, as "vítimas" desse tipo de azucrinação atroz e sem qualquer segurança.
Hoje, com as bênçãos da Anatel, cuja complascência conspira contra a população, especialmente a população de idosos, as operadoras de telecomunicação, deitam e rolam criando núcleos de verdadeiros batedores de chaveco denominados call-center local de onde partem as agressivas e perigosas ligações telefônicas com scripts cretinos e operadores de telemarketing escolhidos à dedo para bombardear a população com propostas de negócios muitas vezes forçadas, impondo à população de forma covarde e pouco transparente, um consumismo exacerbado .
A CREDIBILIDADE DUVIDOSA.
Quando qualquer um recebe uma ligação de Marketing Ativo, é impossível se determinar a origem real da ligação.
De nada adianta a voz do operador ser bonita, educada, convincente. A pessoa que recebe tal ligação está completamente vulnerável, já que a ligação pode estar sendo feita por qualquer pessoa, inclusive por criminosos.
A RECOMENDAÇÃO
Em razão do exposto, o Marketing Ativo deve ser imediatamente descartado por quem atender o telefone. Isso porque, o operador da companhia ou um criminoso que se passar por aquele, se for o caso, estarão "preparados" para lhe convencer, inicialmente, a comprar o serviço ou produto ofertado e, imeditatamente depois, conseguir de você as informações que quer: - A confirmação do seu nome, o seu CPF, a sua conta bancária e até a sua senha se você bobear, embora, com as poucas informações iniciais criminosos já consigam fazer verdadeiros estragos na sua vida!
INACREDITÁVEL!
O mais incrível é que as pessoas acabam atendendo, dando conversa, e sendo enroladas por esses "especialistas" que, em muitos casos, podem ser criminosos e até estarem falando de suas celas das penitenciárias onde deveriam estar cumprindo suas penas e não cometendo crimes à custa da boa-fé dos brasileiros. Como distingüir? E tudo sob a complacência da ANATEL agência inócua, incompetente e co-responsável pela permissão e manutenção do esquema de Marketing Ativo que poderia e deveria ser imediatamente proibido.
O SITE DA ANATEL
Antes de eu escrever esse meu comentário neste Blog, tentei fazer uma reclamação no site da Anatel.
O site revela em verdadeira grandeza o descomprometimento daquela Agência com o público. O "fale conosco" ao ser clicado remete o internauta para um menu que, como fumaça, dispersa o interessado sem levá-lo a alguma página onde possa efetivamente escrever sua reclamação.
O site mostra gráficos demonstrativos dos níveis de reclamações, como se aquilo fosse algum tipo de transparência mas que, na verdade, revela uma tremenda afronta a nós, brasileiros, pois os gráficos só demonstram a impotência da Agência em resolver pois, paradoxalmente, NADA é demonstrado graficamente em termos das soluções dadas. Só os volumes das reclamações feitas!
A Anatel, para mim, representa a validação oficial do modus operandi cretino do neo-liberalismo, da permissividade, da falta de fiscalização e principalmente da parceria com o mal, já que, por omissão, deixa se instalar no país um mecanismo agressivo de ampla devassa da privacidade dos assinantes dos diversos meios de telecomunicações sem se importar com o uso criminoso desse tipo de invasão de domicílio por qualquer um, através do meio o qual deveria regular.
Parece ser uma coisa deliberada, cretina, criminosa.
Eu, geralmente, atendo ligações identificadas como Marketing Ativo da seguinte forma:
-Ah! É mesmo da Oi???
-Tem certeza???
-Ora, cá prá nós, diga aí!
-Como vou saber se você é mesmo da Oi e não de uma cela qualquer de alguma penitenciária???...
Mas o melhor mesmo seria a gente atende"r ligações desse tipo sacaneando o operador de telemarketing com o seguinte "script:
Você é do Telemarketing da Oi?
- Então, disque 1 para ver se eu estou na esquina;
- Disque 2 para ir pentear macaco;
- Disque 3 para mijar na areia e fazer buraquinho;
- Disque 4 para ir cagar no mato;
- Disque 5 para ir à merda;
- Disque 6 para ir se ferrar;
- Disque 7 para ir tomar dentrol;
- Disque 8 para ir tomar no cu;
- Disque 9 para ir pro caralho;
- E Disque ZERO para falar com a sua mãe que está aqui na esquina rodando bolsinha... Nós chamaremos ela prá você!...
Não aguentei. Saí da Oi. Agora estou na Vivo. Dos espanhóis e que, por sinal, estão numa merda e vão querer se safar às nossas custas...
E quando você for visitar a Europa e quiser entrar na Espanha será humilhado nas aduanas...
Acho que esse será o único jeito de eu me livrar desses filhos-das-mães!
Não aguentei. Saí da Oi. Agora estou na Vivo. Dos espanhóis e que, por sinal, estão numa merda e vão querer se safar às nossas custas...
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