quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Curso de Museologia na FASPI de Piumhi

PROPOSIÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO DE CURSO DE MUSEOLOGIA NA FACULDADE SÃO FRANCISCO DE PIUMHI

(Estudo Preliminar)

I - ANTECEDENTES – Aspectos culturais da cidade de Piumhi.

A cidade de
Piumhi, em diversos momentos de outrora, já foi palco de iniciativas culturais da maior importância considerando-se o pequeno porte do município de então.

É espantoso como, na medida em que retroagimos no tempo, observamos que Piumhi sempre teve intensa atividade cultural através de nossos antepassados e em função do próprio estilo de vida de antigamente, quando não havia televisão e o acesso ao rádio era restrito a poucos e assim mesmo às ondas curtas.

 
Enfim, havia muito mais tempo para o lazer e esse lazer traduzia-se em grande parte nos vários cinemas que Piumhi já teve, nas dezenas de peças encenadas, ao estudo da música que ia de bandas de música até a orquestras, e, sobretudo, ao respeito à arte dos antepassados focada na música clássica.

A verdade é que, quando o assunto é cultura, Piumhi chega a ser jocosamente denominado de “terra que já teve”: - Já teve orquestra, já teve teatro, já teve cinemas, já teve desfile de sete de setembro, já teve carnaval de rua, já teve marchinhas de carnaval no clube, já teve confetes e serpentinas, já teve escolas de samba, já teve encontro de bandas, enfim, já teve! E na concepção geral, já era!


Mas isso acontece na cidade pela ausência nos últimos 50 anos de uma política municipal efetivamente sintonizada com o norte apontado pelo Governo Federal e as normas já existentes do Governo Estadual de Minas Gerais que incentivam a preservação das culturas locais, do folclore e uma série de outros componentes culturais conforme se segue.

II – Atualidade do movimento de apoio cultural no Brasil

O Governo Federal, através do Ministério da Cultura não só apóia como prescreve para todo o Brasil as iniciativas que visem incrementar o processo cultural do povo.

Essas metas, estão claramente definidas no site do Governo da União:

http://www.cultura.gov.br/site/2005/03/14/a-casa-da-cultura-brasileira/



e fazem parte da estratégia do Governo Federal de incrementar em todos os municípios do país condições para o desenvolvimento de atividades culturais, intensas e permanentes, segundo o que se pode deduzir, ou seja, ingrediente que deve ser considerado inseparável, não só da “menu” sofisticado e rico em nutrientes das classes mais favorecidas como também das cestas básicas da população pobre.

Essa estratégia do ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil é mantida por seu sucessor e é sempre lembrada pelo atual Presidente da República. É, enfim, um discurso lógico, estruturado e, sobretudo, de tal forma já internalizado pelos demais poderes da República, que dificilmente, será mudado ainda que a democrática e a indispensável alternância de poder traga líderes políticos com ideologia diferente.

O Governo Estadual do Estado de Minas Gerais também aponta em seu site um norte para o setor cultural das cidades mineiras através de fomento e incentivo à cultura conforme Leis, Decretos e Edital cujos links para simples visualização ou download são mostrados a seguir:

Lei nº. 17.615, de 04/07/2008
(arquivo em PDF - 22,9 KB)

Decreto nº 44.866, de 1º de agosto 2008
(arquivo em DOC - 66,0 KB)

Edital da Lei Estadual de Incentivo à Cultura 01/2008
(arquivo em DOC - 82,0 KB).





(arquivo em PDF - 214 Kb)

Nota: Trabalho EXCELENTE elaborado após encontro sobre Museologia em Brasília.

Cenário de movimentos culturais intensos em muitas cidades de seu interior, o Estado Mineiro, no entanto, revelou-se até então como um tímido senão negligente agente incentivador do resgate dessas manifestações em cada município.

Os locais que se estruturaram razoavelmente na defesa da cultura do Estado, como as cidades históricas do ciclo do ouro sempre careceram da intervenção efetiva do Estado Mineiro com aportes compatíveis com a grandeza daqueles patrimônios históricos mesmo no que se refere a investimentos na simples manutenção daqueles acervos. 


O que se viu foram meras respostas a acionamentos e reclamações partidos das comunidades daqueles municípios diante da deterioração inexorável do tempo, incêndios causados pela absoluta falta de manutenção das instalações ou iminentes e injustificáveis desabamentos de obras portentosas de inestimável valor.

Pior, que as demandas internas, das comunidades, é a constatação de que o Estado Mineiro somente se deu conta da necessidade de intervir no setor a partir de sérios episódios consumados como incêndios ou desabamentos de monumentos históricos ou ainda de clamores públicos apontando iminentes perdas de nosso patrimônio histórico oriundos de centros culturais baseados em outros estados brasileiros, mais engajados com a preservação desses patrimônios como o Rio de Janeiro, São Paulo.



Essas intervenções foram feitas através de Fundações ou mesmo de reportagens da mídia em geral, isso para não falarmos das alienígenas como os pretensos “tombamentos” no nível de “patrimônio da humanidade” feito por órgãos internacionais, que deveriam ser entendidos como verdadeiro "tapa de luva" à nossa omissão mas que muitas vezes é absorvido e até incorporado pelos políticos como uma “conquista de gestão”...

As ações proativas até aqui na área cultural de Piumhi foram feitas através de iniciativas isoladas e particulares de pessoas simples que encamparam uma atitude pioneira nessa direção tomada pela Professora Hebe Bruno que chamou a si a responsabilidade de começar a reunir informações, fotografias, objetos de pessoas que fizeram parte da história de Piumhi, como, por exemplo, o microscópio doado pela família do Doutor Avelino de Queiroz, a Máquina fotográfica estilo “lambe-lambe” (como era conhecida no Rio de Janeiro) que pertenceu ao fundador do Jornal Alto São Francisco, ou ainda a escada da extinta companhia aérea NACIONAL a qual o então agente aeroportuário do nosso campo de aviação, Jorge Bruno, colocava nas portas dos aviões para embarcar e receber os passageiros de uma época cheia de glamour que, pasmem, Piumhi também já teve...

Ao que se sabe, até hoje, salvo engano, os únicos documentos que trilharam um procedimento formal de tombamento histórico proposto e conduzido pela Dona Hebe Bruno  e finalmente assumido e aprovado pelo Município, foram os desenhos "de memória"  feitos por José II Bruno de Lima numa tentativa de resgatar casas e prédios do Piumhi antigo, os quais hoje, se encontram em permanente exposição na Casa da Cultura da cidade.

Ressalve-se e ressalte-se ainda iniciativas do engenheiro Tatá Tomé, idealizador, investidor e dirigente máximo da Faculdade São Francisco de Piumhi (FASPI) a primeira entidade de ensino superior da cidade que, quando Prefeito de Piumhi não titubeou em consolidar definitivamente a Casa da Cultura Piumhiense através da aquisição, para a Prefeitura da tradicional residência do piumhiense Gerson Lopes hoje a Casa da Cultura de Piumhi. 


Entretanto, talvez por questões políticas, não se sabe ao certo, o governo municipal relega as atividades culturais concentradas naquele prédio e os objetos históricos da cidade atualmente dispersos conforme acima mencionado num plano secundário em sua concepção do termo cultura que fica restrito à montagem e desmontagem de palcos na praça Avelino de Queiroz, ironicamente em frente à Casa da Cultura, para dar vazão a outros aspectos culturais da população ligados essencialmente à música popular.

III – Curso de Museologia na FASPI – Alavancando a infra-estrutura da Cultura em Piumhi e na região.


A idéia de se introduzir um curso de museologia na FASPI pode e deve ser analisada inicialmente como um investimento para a FASPI e para a cidade e, portanto, algumas considerações sobre a viabilidade devem ser enumeradas:

1- Um curso regular de museologia poderia ser incorporados à grade de cursos da FASPI para atendimento a uma clientela que extrapola a demandada por Piumhi e atinge todo o seu entorno caracterizado pelas macroregiões Centro-Oeste e Sul de Minas conforme se segue
num raio de 200 quilômetros, aproximadamente:




Parte da Macrorregião Centro-Oeste e da Microregião Sul de Minas confrme se segue:





Microregião: Bom Despacho Municípios: Araújos , Bom Despacho , Dores do Indaiá , Estrela do Indaiá , Japaraíba , Lagoa da Prata , Leandro Ferreira , Luz , Martinho Campos , Moema , Quartel Geral , Serra da Saudade 






Microrregião: Campo Belo Municípios: Aguanil , Campo Belo , Cana Verde , Candeias , Cristais , Perdões , Santana do Jacaré 





Microrregião: Divinópolis Municípios: Carmo do Cajuru , Cláudio , Conceição do Pará , Divinópolis , Igaratinga , Itaúna , Nova Serrana , Perdigão , Santo Antônio do Monte , São Gonçalo do Pará , São Sebastião do Oeste 





Microrregião: Formiga Municípios: Arcos , Camacho , Córrego Fundo, Formiga , Itapecerica , Pains , Pedra do Indaiá , Pimenta 



Microrregião: Oliveira Municípios: Bom Sucesso , Carmo da Mata , Carmópolis de Minas , Ibituruna , Oliveira , Passa-Tempo , Piracema , Santo Antônio do Amparo , São Francisco de Paula 



Microrregião: Bambuí Municípios: Bambuí , Córrego Danta , Doresópolis , Iguatama , Medeiros, São Roque de Minas , Tapiraí , Vargem Bonita Macrorregião: Noroeste de Minas

Como clientes potenciais poderiam ainda serem considerados os municípios mais ao Sul conforme se segue:

Microrregião: Lavras Municípios: Carrancas , Ijaci , Ingaí , Itumirim , Itutinga , Lavras , Luminárias , Nepomuceno , Ribeirão Vermelho


Microrregião: Passos Municípios: Alpinópolis , Bom Jesus da Penha , Capetinga , Capitólio , Cássia , Claraval , Delfinópolis , Fortaleza de Minas , Ibiraci , Itaú de Minas , Passos , Pratápolis , São João Batista do Glória , São José da Barra
Microrregião: São Sebastião do Paraíso Municípios: Arceburgo , Cabo Verde , Guaranésia , Guaxupé , Itamoji , Jacuí , Juruaia , Monte Belo , Monte Santo de Minas , Muzambinho , Nova Resende , São Pedro da União , São Sebastião do Paraíso , São Tomás de Aquino 

Microrregião: Varginha Municípios: Boa Esperança, Campanha , Campo do Meio , Campos Gerais , Carmo da Cachoeira , Coqueiral , Elói Mendes , Guapé , Ilicínea , Monsenhor Paulo , Santana da Vargem , São Bento Abade , São Tomé das Letras , Três Corações , Três Pontas , Varginha.


Cada uma dessas cidades tem potencialmente representantes municipais atuando de alguma forma na área cultural e, possivelmente, desenvolvendo ou tentando desenvolver estruturas iniciais de museus ou casas de culturas conforme apontam as políticas públicas do Governo Federal e Estadual, conforme mencionado anteriormente.




Essas iniciativas redundarão por certo no envio de representantes municipais das respectivas Casas de Culturas e/ou eventuais museus existentes para o local mais próximo onde tiver estruturado um centro de formação para treinamento nessa área específica e esse centro seria a FASPI.

2- O impacto de um curso dessa natureza, devidamente anunciado nessas cidades oficialmente às respectivas prefeituras e extra-oficialmente através dos anúncios regulares da FASPI traria para Piumhi um apreciável contingente de alunos interessados, sem se falar nos alunos de cursos extra-curriculares que poderiam ser incrementados nessa área para formação de funcionários dos possíveis museus e das diversas casas de culturas já instaladas nessas cidades que atuam ainda sem o necessário embasamento teórico inclusive sobre as questões de segurança e saúde a que ficam expostos lidando com relíquias históricas.

3- A migração de alunos e professores especializados para Piumhi alavanca uma série de segmentos econômicos da cidade como o de imóveis, comércio, hotelaria, restaurantes etc.

IV - O MUSEU HISTÓRICO DE PIUMHI NO CAMPUS DA FASPI



A ausência de políticas municipais adequadas na definição de um espaço na própria Casa de Cultura para abrigar o Museu Histórico de Piumhi enseja que a direção da FASPI aprecie ideia que se segue e que se junta à proposição deste estudo preliminar que é a de construção no próprio Campus Universitário da FASPI de um prédio para ser o próprio Museu Histórico de Piumhi.


Como todo investimento requer uma fonte financeira, esse prédio seria construído a partir de uma campanha originada pela FASPI para obtenção de recursos da própria comunidade.

Assim, os arquitetos e engenheiros da cidade seriam convidados através de um Edital a participar da elaboração do projeto a ser doado à Faculdade. As empresas do setor de construção a doarem os materiais necessários e todo o conjunto da população a contribuir com a contratação da mão-de-obra.

Em troca, um painel com as logomarcas dos colaboradores seria colocado no portal do Museu bem como painéis menores com logomarcas seriam instalados nos diversos ambientes do Museu para alavancar uma receita mínima para a manutenção futura de todos os sistemas do prédio.

O Museu Histórico de Piumhi, portanto, seria o próprio laboratório dos alunos da FASPI e dos alunos oriundos dos municípios circunvizinhos, configurando, portanto, a perspectiva de ser um modelo para outras cidades


V - VÍDEOS SOBRE MUSEOLOGIA






























VI - CONCLUSÃO

A viabilidade do incremento de um curso como o de Museologia numa faculdade nova como a FASPI enseja um profundo estudo que contemple os custos da constituição de um corpo docente especializado no assunto, de seu deslocamento de centros mais desenvolvidos onde atuam (Belo Horizonte, Ouro Preto etc), a prospecção minuciosa da clientela potencial com a análise do que já existe em cada cidade circunvizinha em termos de museus já constituídos ou em vias de se constituir, de casas de culturas já em funcionamento ou em fase de implementação além de pesquisa a ser feita com Prefeitos, Vereadores e demais autoridades dessas cidades para aferir o exato potencial existente a partir de um suporte teórico a ser disponibilizado pela FASPI.

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