quinta-feira, 9 de abril de 2009

A DERRAMA do século XXI - "Não é chique emprestar dinheiro para o FMI?"

Protocolo da Câmara dos Deputados Federais:



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Subject: RES: A DERRAMA do século XXI - "Não é chique emprestar dinheiro para o FMI?"
Date: Wed, 8 Apr 2009 13:29:46 -0300
From: cidadao@camara.gov.br
To: tioburuno@hotmail.com


Prezado Senhor José Cláudio,

Em atenção a sua solicitação, encaminhamos a sua mensagem a todos(as) os(as) deputados(as) federais.

Este serviço é um canal aberto à sociedade. Utilize-o sempre que necessário.

Colocamo-nos sempre à disposição e agradecemos o contato.

Central de Comunicação Interativa/Câmara dos Deputados

Disque-Câmara 0800-619619 e cidadao@camara.gov.br




Aos Deputados Federais:



Quem "empresta" dinheiro ao FMI ou está querendo explorar países necessitados que pedem emprestado ou está (como é nosso caso) querendo dar uma de primeiro-mundo, como aconteceu no governo do FHC que, depois de passear de charrete com a Rainha do UK sentiu-se um "estadista de primeiro mundo".

O Lula parece que se contaminou com o vírus do primeiro mundismo ou primeiro imundismo que, no final, para um país subdesenvolvido como o nosso dá no mesmo.



Para mim, qualquer coisa que acontece no complicado mundo orçamentário da macro-economia pode ser resumido numa simples situação familiar. Isso eu ouvi e aprendi em uma entrevista concedida pelo ricaço e bem sucedido brasileiro Tião Maia.



Depois de dizer que ficou rico trabalhando muito e economizando até camisa (que ele mesmo fazia com saco de farinha) Tião Maia resumiu o assunto dizendo que um país deve proceder de forma igual. Só comprar se tiver dinheiro para pagar e, o que ganhar, investir sempre (no caso dele, desde menino, investia sempre em bezerros...)



O Brasil tem o tal programa PAC cujo orçamento teve que ser arrancado na marra, sob os protestos da oposição. Eu não entendo essa oposição. Mas, agora, eu que apoio e sempre apoiei o Lula, sou obrigado a reconhecer que a oposição tem um “prato feito”:



Ora, se vamos "emprestar" para os outros, indiretamente, sob a administração do mesmo bando de algozes (que sempre nos humilhou e cobrou juros escorchantes) e dos quais custamos a nos libertar (aqui, mérito do Lula que QUITOU a dívida externa mesmo sob protestos da oposição) é porque existem SOBRAS. E se o Executivo DISPUTA verbas minguadas para alavancar a infra-estrutura do país, coisa que o OBAMA começa a fazer nos Estados Unidos com muito mais intensidade, não tem sentido o Governo liberar qualquer recurso ao FMI. Se, de lá, o OBAMA é protecionista, de cá temos que dizer NÃO ao FMI!



Esse empréstimo ao FMI parece mais uma tentativa (que não será bem sucedida) de "suborno" que nosso país está dando aos líderes mundiais para se equiparar a eles numa tentativa incompreensível de colocar o Brasil ombro a ombro com quem “tem os olhos verdes” e uma estatura média 40% maior que a nossa... Meta impossível de se alcançar por enquanto...



Ora, vamos ser práticos. A verdade, é que algozes do mundo, os do primeiro mundo, estão é querendo, através de uma “vaquinha”, se apropriar de nossos parcos recursos para tapar seus próprios buracos, através do “alívio” de não terem que destinar suas próprias verbas para o FMI para que aquele órgão continue financiando a fundo perdido e se apropriando da "alma" de seus habitantes via juros impagáveis.



Aliás, os ditos “grandes” já vêm fazendo esse tipo de economia convocando países emergentes como o Brasil para custearem e resolverem problemas de países atrasados e menos importantes como é o caso do HAITI onde nossas forças armadas gastam o que não têm.



Então, o que na prática está se fazendo (voltando à analogia de uma família segundo o Tião Maia) é o mesmo que emprestar dinheiro para outras pessoas do bairro ou da cidade enquanto membros da própria família passam fome.



Brasil emprestar dinheiro para o FMI na atual conjuntura de crise é a própria má versação do erário público.

É por isso que eu penso que a única solução para nosso país é a solução "de baixo para cima".



Vejo como única solução é brigarmos se for preciso (literalmente falando) por uma MUDANÇA tributária e não essa conversa fiada de REFORMA TRIBUTÁRIA. O que nosso país precisa é de um novo sistema simples, preferencialmente de IMPOSTO ÚNICO, na medida certa (calculado por especialistas em métodos quantitativos) para suprir na medida EXATA as atividades do Estado, sem sobras, para que qualquer desvio possa ser notado imediatamente pelos usuários dos recursos. Um sistema que seja à prova de leigos, para não dizer à prova de idiotas, que tenha um projeto lógico com dispositivos automáticos de auditoria que disparem e tornem públicos, via internet, relatórios contemplando as execuções orçamentárias e as tentativas de ilegalidades como os superfaturamentos.



Para quem trabalha em informática especialmente para uma empresa como o SERPRO, por exemplo, fazer um sistema com esse nível de controle é trivial. Basta integrar o SIAFI a um sistema auditor que será desenvolvido rapidamente desenvolvido.



A corrupção poderá não acabar mas perderá seu caráter genérico e sua característica implícita com a transparência de um novo sistema orçamentário e um novo sistema tributário, mais simples.

Com o excesso tributário que existe, a orgia dos superfaturamentos nunca vai acabar.



Por isso, convocado a participar de uma campanha que já ouviu até esta data quase de 300 mil brasileiros, fiz o vídeo:







que enviei para a CAMPANHA do PNUD-ONU no site:



http://www.brasilpontoaponto.org.br/

e que sintetiza, a minha opinião, com relação ao entrave no qual que estamos todos metidos e que é responsável pelo freio que impede nosso país de se desenvolver.


Em sua época, Tiradentes fez o que fez, liderando a conjuração mineira por menos da metade dos entraves tributários que hoje temos. Ele conspirou contra o Império por causa de uma carga de 20% que era o famoso "quinto" aliado à cobrança à toque de caixa dos anos de tributos atrasados (a Derrama) que aprendemos na escola e que nunca nos serviu para nada...

Ora, se o Tiradentes que é incontestavelmente o principal herói brasileiro, fez o que fez e morreu pela pátria, não estou conseguindo enxergar AGORA motivos nem exemplos do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário para arrefecer a minha vontade de fazer o mesmo. Conspirar. Só que eu e nem ninguém mais está com disposição para morrer enforcado ou ser esquartejado sem dar o troco. E o troco está nas entrelinhas do verso do hino da independência que, por sinal, deveria ser cantado com mais frequência:

- ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil.



Chegamos a um ponto tal que ninguém mais quer investir, empresariar. O foco até então monetarista atribuía à Taxa de Juros. Mas nossa desgraça tem sido, na verdade, a SOBRECARGA tributária.



Como o Estado brasileiro nos níveis Federal, Estadual e Municipal se equipou com instrumentos eficazes de controle dos tributos, impostos e taxas e não mais está disposto a fingir que recebe dos que fingem que pagam, então para quem ainda não percebeu, começa a se aproximar e a se configurar o ponto de cisão entre os cidadãos e o Estado. É a derrama do século XXI.



Por isso acho que AGORA todos devemos conspirar, SIM, e no próximo 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, iniciar a própria conjuração brasileira (e NÃO, apenas mineira) e fazer uma manifestação em Brasília com desdobramentos nos dias úteis seguintes para pressionar os congressistas a MUDAR e não apenas reformar o sistema tributário do Brasil.



Que Vossas Excelências encampem a sugestão. O povo irá agradecer.



José Cláudio Bruno

www.geocities.com/curriculumbruno

http://tioburuno.blogspot.com/


Agora, vejam como não sou o único descontente com a carga tributária. Só que esses outros descontentes ainda estão impressionados com os estragos dos efeitos (corrupção e desmandos com os excessos arrecadatórios do Estado) mas já é um começo. Veja como o reporter saiu do sério e deixou para um segundo plano a essencialidade que está travando nosso país: - a excessiva carga tributária!


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