sábado, 9 de outubro de 2010

Porque La Rousseff "virou" a nova Presidenta do Brasil

DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES é o nome completo da Presidente (ou seria Presidenta?) ELEITA da República Federativa do Brasil.
Dilma, como é intimamente chamada por seus eleitores, deverá ser chamada de "La Rousseff" muito em breve, quando estiver representando o Brasil nas reuniões de cúpula por todo o mundo, especialmente na França, onde os jornais franceses certamente não encontrarão outra forma melhor e mais sintética de combinar o escasso espaço das manchetes do que anunciá-la, simplesmente, como "La Rousseff"!

Dilma Rousseff passa a fazer parte da nossa história republicana como a primeira mulher ocupar o maior posto de comando de nosso país. Uma honra que somente duas mulheres já  tiveram oportunidade de ter. Dilma, agora, faz parte de uma restrita linhagem de mulheres que já comandaram nosso país. Agora, ela se junta  à personalidades como a Princesa Leopoldina e a Princesa Izabel, suas únicas antecessoras no poder, sendo essas do Poder Imperial.

Dilma Rousseff, assumiu, também, a primazia de ser a referência tupiniquim de mulher bem sucedida, nascida em berço comum, com juventude invejável largando seus próprios interesses pessoais, uma das poucas a expor sua própria vida na luta armada contra o ESTUPRO da Constituição Brasileira feito pelos Militares com inacreditável tolerância e complacência da maioria da população.

Dilma, a nossa "Gata Guerrilheira", de agora em diante, poderá ser apresentada e mostrada,  às crianças brasileiras, especialmente às meninas como o exemplo da superação e redenção da mulher, exemplo de que a mulher é independente e pode alcançar qualquer objetivo que tenha definido em igualdade de condições com os "barbados" ...

Não precisamos mais importar nem pagar royaties por historinhas alienígenas  idiotas como a da Gata Borralheira para demonstrar às nossas crianças a possibilidade real que existe de sair de um lugar comum, da pobreza e alcançar a glória.


Dilma Rousseff conseguiu essa trajetória, ainda que bombardeada pela elite covarde, hipócrita, mentirosa, indecente e sobretudo, invejosa.



Marina, a oportunidade perdida.
(Ou, de como a "Gata Seringueira" virou um Boitatá)

No primeiro turno das eleições brasileiras de 2010, Marina, a ex-Ministra do Meio Ambiente dissidente do governo Lula de que fez parte por 65% de seu mandato de 8 anos, liderava 20.000.000 ( vinte milhões) de eleitores. Praticamente 20% dos eleitores que participaram do primeiro turno. Dilma Rousseff venceu essa disputa do primeiro turno liderando 47.000.000 (quarenta e sete milhões) de eleitores enquanto o candidato Serra, também derrotado, obteve 36.000.000 (trinta e seis milhões de votos).

Marina funcionou como qualquer "puxador de votos" de qualquer partido político daqueles denominados "nanicos". Não foi um Tiririca, o humorista cujo apelido "tiririca" vem de uma planta considerada erva daninha e cujo nome científico é Cyperus rotundus. Marina não era uma tiririca. Mas a própria Floresta Amazônica. Em pessoa.

Cheguei a classificá-la no artigo que se segue imediatamente abaixo como "Gata Seringueira", numa alusão à "Gata Borralheira" a historinha infantil alienígena que todas as mães contam às filhas não só para entretê-las como para servir de exemplo de humildade e superação.
Marina poderia ter economizado bilhões de divisas para nosso país caso tivesse persistido em sua trajetória, até então brilhante, semelhante à do Lula e da própria Dilma (que a venceu nas eleições do primeiro turno) e outros poucos que vieram do nada e se projetaram com sucesso na vida pública. 

Ela poderia perfeitamente passar a ter sua história contada às nossas crianças caso, ela mesma,  não a renegasse como de fato acabou de fazer agora no seu discurso de ontem em que se omite em dar a sua opinião, a sua orientação política, como lider que foi dos 20 milhões de eleitores brasileiros que lhe deram a honra atribuir-lhe seus votos e que aguardavam, ansiosos, que ela lhes definisse o "norte" a seguir.

Marina também não se deu conta de que, além dos 20 milhões de eleitores que ela largou à deriva, ela, com sua declaração de neutralidade que, sabe-se lá porquê ela preferiu chamar de "independência", enfim, ela não se deu conta de que também DEIXOU 50 milhões de eleitores de seu antigo partido e coligados numa expectativa atroz de uma atitude sua, não de omissão, mas de posicionamento político conclusivo, posicionamento esse que ela ficou devendo a todo esse contingente de cidadãos, eleitores da oposição também inclusos, desde que ela se afastou do Governo Lula e do PT. Afinal, o que levou Marina a sair do Ministério do Meio Ambiente? Marina sempre sonegou uma explicação lógica, inteligível e que justificasse a sua decisão. Sempre foi evasiva e sempre usou dessa famigerada neutralidade para tentar sobreviver politicamente.

Queríamos e esperávamos um posicionamento ainda que desfavorável à causa ideológica assumida pelos que votaram na Dilma ou mesmo favorável a seus opositores. Mas nunca essa omissão. Afinal, estamos num processo eleitoral que vai definir os destinos da nossa pátria e uma candidata derrotada num turno não tem o direito de anarquizar o processo com uma covarde omissão que deixa seus 20 milhões de seguidores sem saber para onde ir.

Eu até entenderia um posicionamento da Marina pró Serra e  o aceitaria desde que Marina tivessa a  decência e coragem de abrir o jogo e "vomitar" o que está entalado junto com todo seu rancor ou seja lá quais foram seus motivos de sua saída do governo. 

Se tivesse feito isso, teríamos condições inclusive de mudar nosso voto, mesmo aqueles que apoiam a Dilma. 

Marina se negando a dizer a que veio, abre para os eleitores a perspectiva de, eles mesmos, deduzirem o que pode ter acontecido. E a minha dedução é de que, Marina não conseguiu dar respostas de sua pasta ministerial a tempo e a hora das necessidades que o país tinha de consumar projetos energéticos da maior importância estratégica. Faltou-se saber jogar num time. Faltou-lhe, sobretudo "timing". Assim, sem concatenação com os demais ministérios, Marina perdeu-se nos meandros dos igarapés e na burocracia do cem por cento de nada que poderia ser substituída pelos oitenta por cento de alguma coisa. 


Marina se auto excluiu do time de Lula. Foi substituída e a vida continuou de forma sustentável. Nenhuma ararinha azul morreu por causa disso.



Se Marina tivesse descido do muro e tivesse assumido uma das candidaturas, da Dilma ou mesmo do Serra pelo menos, a deixaria em situação mais confortável perante seus 20 milhões de seguidores e principalmente perante parte os 50 milhões de eleitores de Dilma que não conseguiram elegê-la no primeiro turno, é certo, porém, até agora, não compreenderam os motivos reais da sua saída do Ministério do Meio Ambiente.

A omissão de Marina é um dos erros estratégicos na política mais trágicos para não dizer cômicos da história da República, logo ela que tanto discursou sobre estratégias de governo, no sentido de algo não contemplado nem por Dilma nem pelo candidato Serra e "apenas" enxergado por ela própria no sentido "programático" da palavra como gostava de enfatizar.

A auto-exposição que fez de sua própria fraqueza se dá num momento que deveria ser de júbilo democrático e júbilo eleitoral  de todos os candidatos, num país em que a democracia passa por uma fase delicada de lapidação de um diamante (a nossa atual democracia) que há poucos anos era um mero e brutal aglomerado carbonífero de  assustadora e sombria escuridão mas com inéditas perspectivas de se tornar um brilhante límpido de uma democracia em que os raios da liberdade se difratam em cores perfeitamente individualizadas e separadas para fazer uma referência também metafórica às necessidades que ainda temos de independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, num país que já assume no contexto mundial excepcional estabilidade econômica, política, financeira e social.

Marina conseguiu com sua atitude de pseudo ingenuidade, com a sua suspeita neutralidade, comprometer sua carreira política futura tanto dentro de seu próprio partido como no partido que vencer o pleito ou mesmo no que tiver que assumir a base oposicionista.

Será uma eterna e inconfiável cama-leoa, caso persista em atuar no cenário político.

Logo ela que, em um vídeo “youtube”, desses que tentam desesperadamente tirar votos religiosos da Dilma, tenta equilibrar-se desajeitadamente "em cima do muro" quando, indagada sobre sua posição em relação à homofobia e ao casamento entre homossexuais, esprimida entre seus pares evangélicos e o contingente de votos homo se declara NEUTRA,  ou seja, ao mesmo tempo  contra e a favor e "explica":

- que é contra o casamento gay religioso, porém a favor da união civil entre gays. Nesse vídeo, Marina enfia-se numa outra saia justa. Se correr, os evangélicos a pegam. Se ficar, os Gays a comem... 

E se justifica dizendo que o estado deve ser laico e toda aquela baboseira que qualquer político numa sinuca acaba se  saindo pela tangente, pois, no fundo, quer é voto.

O problema é que, ao omitir-se, dessa vez, Marina renegou sua própria origem, sua história e a do próprio Chico Mendes vítima da voracidade da elite em ocupar terras da União em detrimento dos direitos de posse dos seringueiros.

Ao chamar de "posição independente" sua própria omissão, teve a ousadia de cuspir no prato político e ideológico do qual se nutriu para alavancar a sua própria carreira política.

Pior.

Deixou em pé de igualdade e no ar a sua avaliação equivocada de que ambos os antagônicos adversários que a venceram no primeiro turno. Chamou de iguais os desiguais. E, para culminar sua inexperiência política "empurrou" para seus eleitores que largou em um super-navio à deriva, em pleno Rio Amazonas, a grave decisão de fazer o que não teve coragem de fazer: - decidir: - que Brasil querem?

Marina, comandante desse navio metafórico pegou uma tosca  e não menos metafórica "piroga" e se embrenhou célere de volta aos seringais através de um igarapé e sumiu na floresta, como um Boitatá (*)

(*) Boitatá (fogo que corre) - Personagem folclórico, representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Não esperava que a Marina interrompesse sua trajetória política com um ato, embora simbólico,  tão condenável não só pelos evangélicos mas pela unanimidade das religiões:  - o suicídio político.

* * *

Marina, a Gata Seringueira!

(Por José Cláudio Bruno).
A Marina, definitivamente, se meteu numa tremenda "saia justa". Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come.E isso, em plena floresta, e sem o Chico Mendes para lhe dar proteção.

Marina sempre foi petista. Ela e o Chico Mendes, morto em defesa não só dos seringais, mas de todas as florestas e dos menos favorecidos. Por isso, ele e a Marina eram petistas. De carteirinha. Fundadores do partido.
Findo o primeiro turno a brilhante ex-militante petista, agora, vai ter que se decidir: - Ou opta por aderir ao PSDB e coligados, como o DEM, seus tradicionais e brutais adversários ou retorna para casa, como o filho pródigo, ao seio coerente da ideologia básica do Partido dos Trabalhadores que pode até não ser perfeita, mas é a que mais se aproxima da genética da Marina.

Uma "terceira via" não existe. Omitir-se, ficar em cima do muro neste segundo turno é impensável pelos motivos abaixo expostos. Eis, portanto a saia justa em que ela se meteu...
Muitos eleitores, especialmente aqueles de última hora que pularam para o barco comandado pela Marina, estão interpretando a situação como se fosse certo a Marina se omitir. Ficar neutra.

Essa interpretação está mais para sonhadores do que para quem analisa racionalmente a situação.
Nesses nossos tempos de lapidação do diamante bruto chamado Democracia Brasileira, o jogo político se passa ALÉM da percepção do eleitor que, na maioria das vezes, ainda fica refém de densa nebulosidade que parte substancial das emissoras de TV, imprensa e outras mídias pulverizam deliberadamente entre o telespectador e leitores e a verdade dos fatos, isso quando não se posicionam de forma descarada pró PSDB, pró Serra.

Se dermos asas à imaginação dos sonhadores e admitirmos que a Marina irá optar pela neutralidade, pela omissão em indicar o caminho para os seus 20 milhões de eleitores, a ex-ministra do meio ambiente estará se auto proclamando melancolicamente uma pseudo-líder em vez da líder brilhante que vimos desde o início da campanha eleitoral.
Uma omissão de Marina neste momento, seria um desastre político para ela própria. Seria como se ela, no comando de um Super Navio, com 20 milhões de eleitores a bordo, abandonasse a embarcação, em pleno rio Amazonas, e pegasse uma tosca piroga e se embrenhasse num igarapé e sumisse na Floresta como um Boitatá(*)

(*) Boitatá (fogo que corre) - Personagem folclórico, representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
Os eleitores de última hora que foram o fiel da balança eleitoral e tiveram peso suficiente para adiar a vitória da Dilma para um segundo turno, reconheceram Marina de forma tardia, infelizmente.

De repente, uma pequena parte da elite somada aos que comem feijão e arrotam caviar e ainda parte de católicos e de evangélicos que acreditaram em comandos partidos de lideranças religiosas para injustamente tentar a endemonização de Dilma, desprezando a máxima "A Cesar que é de Cesar e a Deus o que é de Deus", perfizeram um número de votos suficiente para tirar de Dilma uma vitória merecida ainda no primeiro turno. É verdade que se encantaram, não sem razão, com uma Marina nada frágil como poderia ensejar sua aparência física e enxergaram nela a própria repetição da personagem da historinha infantil "A Gata Borralheira".

Marina, de repente, foi transformada em "Gata Borralheira Tupiniquim" por aqueles eleitores justamente na fase de mais glamour da historinha, quando o "príncipe" lhe calça o “sapatinho” e ela se transforma em uma princesa (como de fato é).
Aliás, nesse sentido, a elite brasileira e todas as demais classes sociais além das escolas, JÁ DEVERIAM há muito tempo estar contando a seus filhos e alunos, a fantástica história e trajetória de Marina sem precisar importar e perder tempo com as historinhas alienígenas fictícias e idiotas como as que todos acabam contando a seus filhos, perpetuando geneticamente assim, células impregnadas por genomas da direita neoliberal em nossos DNAs que foram outrora habilmente inoculadas por nossos colonizadores e outros imperialistas econômicos de forma que a pobreza permanecesse sempre pobre, porém contentando-se em apenas visualizar através da TV ou revistas como a Revista Caras a felicidade alheia e o charme da burguesia...
Só por uma questão de ordem, muito antes do tal oba-oba (merecido) que se fez em torno da candidata Marina, PT e todos os seus militantes, inclusive o mártir da luta dos trabalhadores seringueiros, Chico Mendes, já estavam carecas de saber que Marina,de fato, era, de direito, a NOSSA "Gata Seringueira", de uma brilhante trajetória mais que realística e muito MAIS exemplar e bonita do que a FICTÍCIA borralheira alienígena.


Como, então, a Marina, agora que o "sapatinho" ENCAIXOU direitinho no seu pezinho, agora que ela se transformou bem diante da sociedade burguesa e em pleno "baile" eleitoral nessa deslumbrante e verdadeira líder de nossa democracia pode-se imaginar que ela vá RENEGAR seu passado, e largar 20 milhões de liderados à deriva ou indicá-los para votar num candidato apelativo e oportunista como o Serra que representa, justamente "the opposite of" de sua própria trajetória de vida e faz que a apologia da continuidade dos contos de fadas infantis alienígenas e idiotas, como das brancas de neves, das 7 princesas, das barbies e outras baboseiras que as famílias poderiam simplesmente economizar com uma única história para servir de exemplo a seus filhos: - a de Marina?
Por isso é que eu, em minha análise política, acho que a Marina vai apoiar a Dilma e acho que sua omissão de apoio, além de uma afronta aos 50 milhões de eleitores que votaram na Dilma seria eleitores seria um indesejável final de uma linda história: - um suicídio político!
Optar pela Dilma, portanto, será impositivo à Marina. Não porque haja qualquer truculência das circunstâncias. Está no genoma da Marina, assim como no genoma de quem já havia decidido votar no Serra estão as características genéticas inerentes à ideologia de direita.
* * *


 O Caviar.

(Por José Cláudio Bruno)

O caviar é um tipo de alimento que sintetiza a esnobação da elite sobre as demais classes sociais. Esse é o motivo de eu ter dado esse título a esse despretensioso ensaio político.

Se você votou na Marina e se ela omitir-se, e deixando você com os demais 20 milhões de eleitores à deriva no "super-navio" que ela comandou, cheio de ecologistas e de crentes em Deus  também à favor da natureza será o suicídio político dela pois ela terá abandonado os que embarcaram sob seu comando nessa hora tão crucial de decisão para nosso país! Omissão não bate com trajetória de sucesso. Omisso tem vida curta na política.

Por outro lado, eleição não é disputa ecológica, não é disputa religiosa, não é uma disputa de "vamos ver qual partido eleitoral adversário rouba mais"... 

É uma disputa de classes sociais onde disputam Ricos, Classe Média Alta, Classe Média Baixa, Pobres e Extrema Pobreza.

Seja prático nessa questão ética dos políticos. 

A corrupção está é AQUI. Na sociedade!

Começando das próprias famílias, onde, maridos dão porradas nas mulheres sob o silêncio de parentes. Isso é corrupção. 

Parentes agridem sexualmente crianças sob o silêncio envergonhado dos demais parentes. 

Mães fazem trabalho escolar dos filhinhos para impressionar as professorinhas, compram capas bonitas para elas pensarem que os filhinhos são "gênios". Ora, isso é falsidade ideológica, crime. Corrupção! Em consequencia,  mais tarde, adolescentes, colam na escola e prosseguem assim  na faculdade , nos pós-graduações, nos mestrados, nos doutourados, nos pós-doutourados (os da elite, da Classe Média Alta, da Classe Média Baixa e, especialmente aqueles que comem feijão e arrotam caviar) com a corrupção impregnada, até que  resolvem se meter na política. 

E aí o que teremos? 

Políticos corruptos na mesma medida e proporcionalidade que existe corrupção na sociedade.

Por isso é que, AGORA, no momento das eleições, eu não creio ser a melhor hora de discutir perfis éticos de ninguém.

É hora, sim, de raciocinar se vamos ficar na base do 100% de NADA ou vamos ser pragmáticos e buscar 90, 80, 70 ou 60% de alguma coisa, pois é melhor um percentual de alguma coisa que 100% de nada!

Então, já que a Marina insiste em ficar em cima do muro, o que VOCÊ tem que fazer para ser justo com você mesmo e, principalmente com as pessoas da SUA Classe Social?

É simples:

- Se você, normalmente, come caviar, vote no Serra!


Se você, no seu dia-a-dia come feijão, vote na Dilma!



Agora, se você come feijão e arrota caviar, deixe de ser besta e vote na Dilma! 

Esse é um critério simples em que você exclui de sua decisão eleitoral todas as interferências hipócritas seja de religiosos que, por incompetência teológica, não conseguem no dia-a-dia conter seus rebanhos de fiés e afastá-los das  iniquidades que ora imputam exclusivamente aos políticos, os quais, podem até serem iníquos mas são essencialmente a própria amostra estatística válidas da sociedade.
O voto é essencialmente um direito seu. Secreto. Que deve também ser livre de influências emocionais, de sentimentos de culpa impostos a você por familiares, políticos e especialmente nos períodos eleitorais quando intensificam as pressões nos curtos momentos de decisão que o eleitor tem para definir os destinos de nosso país.

Assim, amigo, vote na SUA classe social e não na classe social que você absolutamente não pertence e deixe de sentir orgasmos com torneiras de ouro das casas das celebridades da Revista Caras!  Não seja otário!

 
Vote livre. Nos interesses da classe social a que você REALMENTE pertence! Não vote na Classe que você almeja ser um dia. Baixe a bola e dê tempo ao tempo. No futuro, quem sabe você não acerta 100 milhões na Mega Sena. Aí, então, poderá direcionar seu voto a quem defende exclusivamente as elites. Você será elite!

Votando com a Candidata Dilma você estará votando nas oportunidades que serão criadas para a SUA Classe Social as quais somente advirão se o seu voto for direcionado para quem e para os partidos que estão focando a SUA Classe Social. O beneficiário será você próprio e sobretudo aos seus descendentes.

Senão, diferentemente da arrancada que tivemos nesses 8 últimos anos, nosso país voltará a ser o melancólico Brasil, país do futuro!

* * *



COMBATENDO A CAUSA 
E NÃO OS EFEITOS

Vocês observaram que o único candidato à Presidência de República nos debates do Primeiro Turno que não tocou no assunto Segurança Pública foi o candidato Plínio Arruda?

A crítica que esse candidato fazia aos demais era sempre a mesma. Que eles tratavam dos sintomas e efeitos mas não da causa.
Com relação à segurança pública ele não deixa de ter razão. Toda a dificuldade que temos hoje com o crescimento vertiginoso da violência, da criminalidade e dos altíssimos índices de mortes decorrentes, estão associadas diretamente ao êxodo rural de outrora, dos últimos 60 anos especialmente, quando políticas públicas e especialmente as relativas à questão fundiária, fizeram com que se alterasse dramaticamente o quadro da distribuição populacional no Brasil que era de 60% da população enraizada no campo e 40% nos centros urbanos.

Hoje devido ao fato de o Brasil não ter consumado uma Reforma Agrária e ter optado pela manutenção de terras improdutivas à INJUSTA espera de serem ocupadas pelo agro-negócio, exclusivamente, HOUVE dramática inversão dessa distribuição populacional o que traduziu no enchimento das cidades de uma extensa faixa periférica empobrecida, do aparecimento e superlotação de favelas e palafitas e, obviamente, a criação dos problemas que candidatos ficam disputando a primazia de saber resolver melhor.

Nisso e em sua prioridade, a Reforma Agrária, o Arruda tem razão. O que é discutível é a forma que ele propõe.

Eu, no lugar da Dilma, convidaria e designaria, de cara,  dois ministros: 

- A Marina para que ocupasse a pasta do Meio Ambiente com o devido poder de veto para qualquer projeto cuja relação custo versus benefícios não tivesse a eficácia de sustentabilidade que ela discursou em sua campanha e que foi avalizada por 20% do eleitorado;

- O Plínio Arruda para que ocupasse a pasta do Ministério da Reforma Agrária e propusesse uma reestruturação  RADICAL dos órgãos que cuidam da questão fundiária e, especialmente do Imposto Territorial Rural para que deixasse de ter o valor atual que é tão baixo que não paga sequer a mão de obra nem de quem preenche a guia de seu pagamento e criaria lhe daria as condições políticas e administrativas de um NOVO MINISTÉRIO DA REFORMA AGRÁRIA para que nosso país passasse a ter um ITR justo incidindo sobre terras produtivas e  um ITR em progressão geométrica para incidir ANUALMENTE sobre as terras improdutivas.

Seria um Plínio Arruda assim:


Com uma "estrela" assim:

Somente DEPOIS, designaria os demais ministros...

Dessa forma, estaria acatando todas as demandas da Marina e as incorporando em "meu" governo e estaria incorporando grande parte das demandas do Plínio as quais foram explicitadas por uma parte muito pequena dos eleitores (menos de 1%), porém, que estão implícitas paradoxalmente, nos desejos de 90% da nossa população, efetivamente sem propriedades rurais. que riam do Plínio e, acharam-no um "velhinho" inteligente, porreta, sonhador, mas que, convenhamos, no fundo, no fundo, acham mesmo é que ele é quem está certo...

Como resultado, teríamos um NOVO ITR. Um  Imposto Territorial Rural  geométrica e progressivamente CRESCENTE para as terras improdutivas o que seria insuportável para quem as detivesse o que levariam seus proprietários a promoverem suas vendas sem qualquer truculência compulsória. Manteriam terras improdutivas aqueles que assim desejassem, é claro, aqueles que se garantissem.

O aumento da oferta das terras improdutivas assim alienadas por seus proprietários e a preço de mercado, sem interferência direta do governo, e, principalmente de estrangeiros (ávidos para se apropriarem do que nunca foi distribuído entre nós), BAIXARIA os preços da terra a níveis compatíveis com a demanda  dos  SEM TERRAS brasileiros. SEM TERRA como você, que me lê... Ou como você, um também SEM TERRA, mas, daqueles que comem feijão e arrotam caviar...

Assim, eu, você, os favelados, os pobres da periferia de todas as cidades, teríamos oportunidades, caso tenhamos o talento para lidar com a terra, de adquirirmos o nosso pedaço, no tamanho que quiséssemos e que, obviamente, pudéssemos sustentar pagando o ITR que deixaria de ser a farsa que é hoje para ser um imposto regulador da gravíssima questão fundiária, causa da maioria dos problemas de nosso país.

Eis a Reforma Agrária e eis a única solução para reverter os níveis inaceitáveis de concentração urbana que geram todos os problemas dos governantes: - Habitação, Fornecimento de Água e Esgoto tratados, Saúde, Educação e o tema principal objeto DESTE Fórum: - Segurança Pública!

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Agora LEIA o que diz o escreveu o Frei Leonardo Boff a respeito da liberdade de expressão e do abuso da imprensa nessa reta final do processo eleitoral do Brasil:

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma.
 
FREI LEONARDO BOFF(Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra)
 
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso"pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais" onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
 
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
 
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) "a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que continua achando que lhe pertence (p.16)".
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coronéis e de "fazedores de cabeça" do povo. Quando Lula afirmou que "a opinião pública somos nós", frase tão distorcida por essa mídia raivosa quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da mídia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
 
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
 
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituídas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a mídia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocolonial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da mídia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construído com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
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Um comentário:

  1. Olá. Navegando pela internet, em busca de informações sobre meus antecedentes, descobri que somos primos distantes. Sou neta de Júlio Cesar Leal Neto, tataraneta de Júlio Cesar Leal. Acho que meu avô era primo de Elza Leal.
    Abraços
    Márcia Leal
    marcialeal2005@hotmail.com

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